Cinema
“Não, Não Olhe!”: Pois olhe, e ouça muito bem
Considerando-se tudo isso, este texto é uma crítica e um relato de experiência. Crítica por propor uma ideia sobre “Não! Não olhe” que nos faça refletir a respeito das escolhas criativas do realizador e dos efeitos por elas desencadeadas. Relato de experiência por partilhar minha relação com a obra a partir, prioritariamente, das sensações possibilitadas pela narrativa sem contar com tanto conhecimento prévio à sessão
“O Homem do Norte” (2022): O corvo, o urso e o lobo
Seguindo uma coerência em sua filmografia, Robert Egger lança seu terceiro longa-metragem. Após “A Bruxa” e “O Farol”, “O Homem do Norte” utiliza a mitologia nórdica e uma história de vingança para continuar abordando a violência masculina e seus desdobramentos
“Noite de Reis” (2020): Sherazade marfinense
São muitos os serviços de streaming disponíveis hoje em dia no Brasil. O cenário já foi outro alguns anos atrás, quando havia basicamente a Netflix e nada mais. Desde então, chegaram a Globoplay, a Disney+, a HBO MAX, a Star+ e outros serviços mais ou menos populares. Cada streaming possui obras referenciais que podem atender a diferentes perfis e seguir estilos específicos, como filmes e séries de super-heróis, tramas para adolescentes, produções com o selo da empresa Globo, blockbusters estadunidenses e trabalhos internacionais de alcance global
“Batman” (2022): O que é ser herói? O que é ser um filme de super-herói?
Após tantas representações já feitas do homem-morcego no cinema contemporâneo, Matt Reeves cria a versão mais moralmente ambígua em “The Batman”. As origens da família Wayne, a decadência de Gotham e as leituras da contemporaneidade marcam uma história complexa de super-herói
“Mulheres à beira de um ataque de nervos” (1988): Um melodrama segundo Pedro Almodóvar
Aproveitando a chegada de vários filmes dirigidos por Pedro Almodóvar na Netflix, o texto de hoje aborda “Mulheres à beira de um ataque de nervos”. Nessa obra, o cineasta evidencia seu estilo marcante ao mesmo tempo que imprime seu olhar singular para o melodrama
“A vida depois”: Amadurecimentos, traumas e espontaneidade
Em um período de sucesso e muitos comentários sobre a série “Euphoria”, é possível encontrar outras obras que dialogam e remetem ao programa da HBO. Guardadas as devidas proporções e respeitando suas particularidades, o filme “A vida depois” pode cumprir esse papel de satisfação para o público interessado por mais obras focadas em personagens jovens em processo de amadurecimento. Como ponto específico, o trabalho de Megan Park ainda aborda os massacres nas escolas estadunidenses por atiradores e as consequências para os sobreviventes
“Benedetta”: Iconografias e narrativas de subversão ao catolicismo dogmático
Paul Verhoeven não é o tipo de cineasta que restringe sua veia artística e criativa se o tema e/ou a abordagem de seus filmes possam ser provocadores. Ao longo de sua carreira, títulos como “Showgirls”, “Robocop” e “Elle” desencadearam discussões afloradas. É pelo mesmo caminho que segue “Benedetta”, filme recém-lançado nos cinemas do Brasil, sobre o romance de duas freiras em um convento na Itália do século XVII
“Cabeça de nêgo”: vozes e corpos em movimento
“Cabeça de nêgo” é um dos melhores filmes lançados comercialmente no Brasil em 2021. Na trama, racismo, ocupações de escolas, mobilizações de estudantes e lutas por melhorias na educação constroem um retrato contemporâneo do Brasil desde os movimentos estudantis em 2015
Amor, sublime amor, um clássico e o tempo
Como apreciar, criticar e refilmar um clássico? Podemos pensar nas diferentes formas como nos relacionamos com referências da história do cinema a partir de “Amor, sublime amor”. A primeira versão de 1961 se tornou um clássico entre os musicais. E em 2021, Steven Spielberg produz sua própria versão do musical que se passa no West Side de Nova York na década de 1950
Clube da luta e as “realidades” que nos atravessam
O ano de 1999 foi marcado por diversos filmes que questionaram o que é a realidade. Vinte e dois anos depois, estes filmes se atualizam levando em consideração nossa dependência de artefatos, aparelhos e plataformas digitais e virtuais. Por conta disso, o filme “Clube da Luta” pode ser revisitado em 2021